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C. S. Peirce - Acaso, probabilidade e indução: escritos selecionados

Capa do livro Acaso, probabilidade e indução: escritos selecionados, de C. S. Peirce

Acaso, probabilidade e indução: escritos selecionados,
Associação Filosófica Scientiae Studia, 2023.
312 pp.
Formato: 145x225mm
ISBN: 978-65-86595-10-9
Preço: R$ 90,00

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Quando eu tinha treze anos de idade, estava um dia no quarto do meu irmão mais velho e peguei, de sua mesa, uma cópia da Lógica de Whately (...). [Desde então], a paixão central do meu ser foi descobrir não, em absoluto, o que se passava no meu organismo e na minha consciência quando eu pensava, mas algo anterior a todo conhecimento dessa natureza, nomeadamente, quais são os modos fundamentalmente diferentes de raciocinar, que espécie e que grau de segurança cada um deles poderia fornecer e, precisamente, sob quais condições e por meio de quais métodos proceder para ganhar esse conhecimento, conforme for possível aos seres humanos.
Charles Sanders Peirce



Textos seminais, dir-se-ia, mesmo, de cabal importância para os estudiosos da obra de Charles S. Peirce, constam deste compêndio sobre a lógica da probabilidade e da indução, todos traduzidos com extremo esmero. O sentido dessa importância extravasa os limites da lógica enquanto ciência teórica, afeitos às leis das inferências corretas e possíveis. Peirce, a par de ser um lógico stricto sensu que se insere na história da lógica como propositor de abordagens originais de problemas da área, foi também um filósofo voltado à decifração do que se pode chamar realidade, em seu sentido de alteridade em relação às linguagens, como propõe, exemplarmente, o realismo de Scotus, fonte inspiradora da gênese do realismo peirciano (...). Não obstante a forma lógica para Peirce não tenha somente o sentido teórico de linguagem, assumindo também um estatuto ontológico, caracterizando assim seu realismo, tal não significa, no interior de sua filosofia, uma concepção mecanicista ou, nos seus termos, necessitarista do mundo, o que o situa distante de qualquer ontologia determinista. Pelo contrário, sua epistemologia falibilista está diretamente ligada à admissão de um princípio de acaso atuante na realidade fática.

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